domingo, 31 de agosto de 2008

some things are better on paper

e fala demais por não ter nada a dizer

um universo de dúvidas sem fundo borbulha em mente e peito
ansiosas a se explodirem
interrompidas.

há um mundo de artifícios
e pior que aquele que engana, margeia-se, foge de qualquer moral
é o que acredita ser o que não é, e sai exibindo-se a tudo suas críticas vazias
à uma realidade falsa e hipócrita.

é muito simples julgar o que se vê
tomar a justiça, apontar o que está errado, falar so senso-comum
vício em postura culta amontoando o século XXI

quem me dera ao menos uma vez
limpar toda a face de idéias hostis
e acreditar que cada um pode, se permitir tudo, ao outro
profundamente.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

I'm always anxious thinking I'm not living my life to the fullest

situação não desejada
aparecida sem pedido ou clamor
invasora da minha paz, tão precisa agora
devastando todo e qualquer grão que estava a brotar

magnólia roxa com pétalas independentes
se encontrando num mesmo coração pulsante
demasiado pulsante, não quer amansar
necessita de saltos a cada instante, ainda que não agüente

como dói estar entre-amor-paixão-paz-certeza-dúvida-caos-ordem
penar brilhante que opaca o(s)eu
vício na adrenalina descarregada em jorros
enxarcando todo o corpo de prazer e ânsia

para onde vão águas já navegadas?
por que nunca me encontra, alento?
de onde vem tal vida louca explosiva?
o que fazer com um universo inteiro preso numa caixinha?

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

surreal, but nice

a virgem cavalga com fé
cavalo meigo e manso, hostil e exigente
poder dos longos cabelos
fraqueza no ato de falso poder

cavalo branco em crina dourada
cheio de encantos e magia, brilhante e indomável
enfeita a vida dos astros
desenha as curvas de linhas ocultas

o cavalo estava quieto
a virgem foi atrás por ter encontrado sua luz
ambos contemplam, e temem
o caminho vasto e turvo que há pela frente

e quanto mais galopam, mais voam
alto
longe daqui, de qualquer lugar
e todos os destinos irão se encontrar


*que viagem :O
nem eu entendi... rs





terça-feira, 19 de agosto de 2008

tell me it's not true

eu queria tomar todo o rivotril da casa
ferir meu braço para ver o sangue escorrendo farto
sair pedindo carona até o fim do mundo
mas nada disso muda o fato da meu inverno ter sido um sonho, e só agora eu estar acordando

um despertar insustentavelmente dolorido
louco para ir embora e entrar em son(h)o de novo
implorando por uma máquina de apagar a mente
e levar com ela, o medo da doença e a perda

all I want
is to make you feel how I never felt this way before
all I really care about from now
is getting the light I need to take me out of this deep darkness

a 'coisa mais bonita' já não é mais
virou cinza de um lampião furtacor
e pela primeira vez
estou sendo privada de enlouquecer

domingo, 17 de agosto de 2008

no one really cared about what was happening to her

como me livrar de tais prisões

sufocam, persseguem (a) mente a cada instante

estouram em minhas tripas para que doam

idéias fixas desmatadas arduamente


sem elas, sou livre e paz

posso me tornar a luna, ou o bobó

dominar (com) cada particula do meu medo

e me fechar na mais intensa luz que amo


bruxa que merece ter tal poder de apagar

gigantes da infâcia tomando minhas secas

arranca com a mão esse estado de terror e pânico

arma um círculo com cinco pontas


esquecer, saber

que tenho todas as possibilidades, TODAS

afastam-me as dúvidas, atire as certezas

não há nada pior que o medo absolutamente sem




*Mãe, tira de mim essas fobias?

terça-feira, 12 de agosto de 2008

I begin to hear voices and I can't concentrate

esse drama que vivo há uma década
essa menina de 15 anos que ainda vive na mente (que mente) da mãe
essa mulher de 25 não compreendida por ninguém
essa criança índigo estagnada, carecida pelo mundo que não a enxerga

falar é tão, mas tão fácil
só sei dormir e pensar
pensamentos terríveis que me agonizam
sono pesado que quando chega, é louvado

sinto que estou enlouquecendo de novo
e é desesperador se ver enlouquecendo
sem poder fazer nada
sem encontrar força para isso, depressão

nunca tive heróis, não tenho o que aprender em outro
pessoas que se julgam mais porque trabalham
hahahahahahahahahahahahahahahahahahahaha
não há nada mais vazio que dias cheios de trabalho

palavras sem fim ecoam em meus poros
a dor transpira vermelho-sangue
as lágrimas lutam para sair de uma prisão perpétua
o ódio desse ciclo vicioso explode dentro de mim

*ela tinha MESMO que voltar?

ninguém sabe o que é ser alguém plena de idéias e peito
gigante de alma, mente e coração
louca para sair voando daqui e nunca mais voltar.

e vivendo com tudo isso
não conseguir simplesmente, sair pro mundo porque tem alguma coisa te prendendo

e vc não sabe o que é.
ninguém sabe.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

"she was disarming"

veneno anti-stress momentêneo
porcaria geradora de momentos estressantes
momentâneo repetitivo, stress permanente
lixo que destrói dentro e fora

não consigo escrever ela
inacreditavelmente desligada
linda demais, cada vez mais
um jeito de sentir puramente sábio

continuidade gostosa
em que não há cegueira
amplitude de planos e espelhos
crescer que não dói

seres que vez ou outra
têm a sorte de terem e serem enxergados
encontram no silêncio, o pleno
esbarram na ação, o infindo (sem fundo ou fim)

*so lucky Jenny, twice!

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

every passing minute is anotherchance to turn it all around

a pior depressão, mesmo sempre parecendo
meus dias vazios de ações, lotados de dúvidas
peito cansado, olhos pesados
um lamento profundo que não sabe porquê

acordar com medo de viver
dormir com medo de morrer
pegar tudo o que aparece na frente
não guardar nada no cubo mágico

tenho tudo; amor, pão, cama e papel
quero nada além do inalcançável momento
vc não sabe quem é, quem foi ou se é
foge para o canto mais escuro de dentro e fica lá

o total descompasso das horas
hábitos, alimento, vício e abuso
a simples entrega por não ter nada
não ser nada, nem mesmo o nada

eu, violão de cordas mudas