terça-feira, 9 de setembro de 2008

never say never to me

ele vai ser sempre lindo, ainda que com chuva
em cada canto, um acontecimento diferente
homens-sombra, canetas com calendário e tabuada no ônibus, aspirantes a fotógrafos
muito samba e turistas, claro

a mais iluminhada e colorida loja de doces
mais mágica ainda que a de hogwarts e ainda com caixas-surpresa
a sensação é a de voltar ao império, onde tudo era cuidadosamente construído
e as pessoas costumavam se rebelar

ar novo que limpa tudo, vindo soprado do mar
cheio de pedras e verde, branco e umas faíscas amarelas refletindo
penetra meus poros e narinas, levando o peso embora
energia rica e única, de uma cidade de torpor e movimento

sim, falta o fogo que sobra da minha terra
sobra a luz que preciso onde vivo
vida, vida, vida, vida que quase sufoca
até fazer o peito flutuar e pairar de novo, como as gaivotas que vejo ao despertar


*se eu pudesse, por um dia, esse amor, essa alegria
acordar e olhar para o pão, o mar e a baía
eternamente viva, seria

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