tensa por não saber o que acontece sábado à meia noite, escrevo
coloco para fora todas as curvas da minha agonia
fecho os olhos e estremeço os músculos de meus ombros tentando relaxar
pura ilusão, afinal o que ouso relaxar me deixa ainda mais travada
este bem estar falso que me acompanha nos dias da semana
forjando um lugar na sociedade que tanto não me encaixo
mas encaixo
saio todos os dias para trabalhar e quando chego, choro em crise
aonde está aquela menina que tanto lutava para não ser igual?
que queria ser criança para sempre por acreditar que não vale a pena crescer
para onde foram os sonhos mais lindos que faziam da menina, alguém com gosto?
por que é preciso crescer e deixar de dar importância ao que realmente importa?
não sou mais menina, ainda que pareça
sou mulher amargurada sem vontade de brilhar
sou resto de ilusões que um dia merceram valor
e ainda assim, respiro na esperança de recuperar o que perdeu a virar
sábado, 31 de julho de 2010
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