me sinto caída, partida
esfarelada em pó amarelo jogado em terra infértil
coberta por gases entorpecentes que não causam nada além de estranhamento
sugada pelo faro dos bichos que me corroíam outrora
é certo que os gritos não cessarão
e me cansarão, mais uma vez, desesperada pelo teu chão
teu pé que de tão leve, não se deixa incomodar
e continua firme com a fé de que é apenas mais um não
o vermelho sangue que agora cobre minhas unhas, os lábios e corpo
quase me deixa esquecer dos tapetes igualmente vivos lá no tempo torvo
os movimentos bidimensionais, ilusórios, exaustivos
se esforçando para me tirar mais uma vez do sempre substancial hospício onde vivo
terça-feira, 31 de agosto de 2010
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Um comentário:
Você deixaria a nossa Virginia orgulhosa..amor...tuas palavras, minhas palavras..tudo que jorra da nossa alma e que se confunde com as lágrimas que caem do céu quando o mundo é só um pedaço dos nossos olhos.Você é maravilhosa e deveria escrever como profissão!amo-te...ana
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