não há vazio que preencha esse peito pleno de massa grudenta
a gelatina pegajosa está por toda parte roubando meu tédio
me angustiando, agoniando, ansiando pela chegada de alguma paz
rasgando-me em lágrimas e sangue, impregnados sem conseguir sair
busco solução, mas só o que encontro é o frasco mágico junto ao pó
ótima fuga, vôo e viagens às mais diversas dimensões
até aterrissar no mais esburacado asfalto
e me deixar nua de novo, sem vestes ou cobertor que aqueça
ao relento, me entrego estática
permito que venha a noite e o medo, o frio e a dúvida
desisto de lutar sabendo que é tudo em vão, nada muda ainda que esteja tentando
relaxo e simplesmente deixo que venham me alentar lá de onde o sol nunca se põe
domingo, 5 de dezembro de 2010
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