December 6th
December, 10th
é como a brisa do jasmim, seu cheiro que não quer ir embora, a textura da sua pele molhada e quente contra meus dedos. já não sou mais corpo, não sou Luisa nem Jenny nem Alice nem Mifti nem Mary Jane. só tem uma luz arroxeada se conectando com uma verde azulada num encaixe perfeito. a primeira (e última do ano) lua cheia deixou que eu a tomasse e refletisse um grande desejo de doar, sentir, gozar. fui atendida. o que essa garota TÃO maravilhosa viu em mim ainda mais com os cabelos indefinidos e pesando 44kg? percebo o quanto temos a ensinar uma a outra e desejo aquela bela imagem dos nossos narizes grudados e os olhos vesgos e os sorrisos inevitáveis. olhar nos seus olhos é como ver surgir no horizonte um planeta maior do que a terra. vc é et, não tenho a menor dúvida, e acho que somos de plutão.
te amo (entenda isso como uma expressão mometânea, não necessariamente algo constante)
December, 13th
como descrever o brilho do meu rosto ao entrar no quarto da prima? definir sensações indescritíveis que só se tornam possíveis por comparações? o despertar de um ou dois anos dormindo a um lindo som de ondas quebrando na praia? a lágrima que fica alojada no canto da garganta e sai em forma de borboleta? analogias não faltam, mas eu realmente não esperava me sentir tão bem na presença de outro alguém nesta rapidez de trânsito. é tudo exatamente encaixado, mas totalmente quebrável ao mesmo tempo. escorre pelas mãos, regressa através de beijos. beijos que falam. por isso valem um ponto a mais a outros beijos que não sabem falar. seria até burro de minha parte não mergulhar neste azul turquesa livre de pedras ou chão. um vôo livre onde só há espaço para o crescimento. do encanto, da vontade, do interesse, das infinitas formas do que sempre julguei o único e real problema do mundo: a comunicação. como é gostoso descobrir o quão vasta ela é. e É ÓBVIO que eu não acredito em dicionários se não posso reduzir uma expressão a uma só palavra.
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