tensa, cheia de crises, com medo de tudo e ausência de paz. assim começa minha noite dentro da van do marcelo assistindo ao escurecer do céu e seu reflexo no lago. minha cabeça pulsa repleta dos mais inquietos pensamentos junto aos gritos impacientes dos alunos com quem trabalho. ligo o som na tentativa de ensurdecer-me com música pop e busco no céu a estrela mais brilhante que me leve dali para onde não há vazio. sinto estar precipitada e talvez assustando mais uma vez os que começam a me conhecer afinal, nesta fase onde tudo é tão mais intenso, louco e profano, todo cuidado é pouco para não expor o que não precisa ser exposto mas acaba sendo, transparecendo.
em casa, me jogo na cama daquela que tanto sonho ser percebida, mas rapidamente sou esquecida e trocada pela tv. cabisbaixa, desisto de novo de tentar meu lugar ao sol, me dirijo ao meu quarto, meu canto, minha cúpula violeta e escrevo frases despretensas na intenção única de aliviar um pouco da carga colocada sobre meu ser tão amplo e perturbado sempre, especialmente agora.
vou deitar para fixar meus olhos num ponto e tentar encontrar vazão aos meus pensamentos, calma para meus sentimentos, luz para minha alma aparentemente desa(l)mada.
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
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Um comentário:
vou deitar para fixar meus olhos num ponto e tentar encontrar vazão aos meus pensamentos, calma para meus sentimentos, luz para minha alma aparentemente desa(l)mada.
Passei a tarde em minha cama fazendo exatamente isso...
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