não posso. quero muito, mas não posso.
isso é uma coisa que tem se repetido tanto em minhas horas que já está até cansativo. quero dormir até tarde, descansar minhas costas, aliviar meus pensamentos, fazer yoga, terapia e dança do ventre, aproveitar o dia, estar do lado de quem me importa, ajudar meus amigos, passar toda uma tarde na segunda casa fumando ou num bar tomando uma heineken bem no meio da semana. quero chegar sábado à noite e tomar vinho com meu amor para celebrar o fim dela, tomar chuva junto aos alunos quando saem da escola, ler um livro denso que mexa com minhas verdades e me faça olhar por novos caminhos.
mas não posso. estou sendo sugada por esse subemprego que me mata aos poucos. passo as horas mais quentes do dia dentro de um carro/montanha-russa tendo que levantar a cada dois minutos para abrir a porta e carregar peso. tenho passado a minha vida rodando por brasília, fazendo as mesmas curvas e retas, ouvindo as mesmas ladainhas, suportando gritos que parecem não ter limite. meu estômago chora me pedindo piedade, desmaio. de calor, de fraqueza, de cansaço e dor.
o que não posso mesmo é deixar que isso continue acabando comigo.
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
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