quinta-feira, 23 de outubro de 2008

each end can be the start of a new beginning

nostalgia carente partida de final triste
ninguém entende quando eu digo que nunca me recupero totalmente de uma relação
cada qual tem seu conjunto único de detalhes encantantes
que sempre vão doer ao serem revistos por algum devaneio

desejo antagônico
quero ainda falar e falar
mas não sou ouvida por vc, nunca serei
vc não tem ouvidos, tem escudos


sou uma coisa diferente, a cada hora
tenho o universo inteiro dentro de mim
passo
da paz, para a dor, para a raiva, para a angústia, para a saudade,
para o aconchego, para a euforia em uma hora, o tempo todo.


não sei quem sou.
escrevo desde meus 12 anos,
mas quero fazer cinema
tenho um talento nato para música, apesar de nunca ter estudado


os dois empregos que já tive na vida
duraram menos de três meses por eu estar sempre devaneante,
alheia em meu mundo
às vezes com surtos de expressão e exposição


fiz 5 anos de UnB passando por mais de 5 cursos e não me formei

sinto vontade de me drogar e logo depois, desisto
e quero de novo


de manhã me sinto sonolenta
de tarde entediada
de noite em pânico
de madrugada pilhada


tenho compulsão por seduzir toda e qualquer pessoa que cruza meu caminho
não importando ser homem, mulher, criança, velho, família, amigo
eu gostando ou não
é uma necessidade de conquista


não consigo ter uma relação estável com absolutamente ninguém
sempre acho que estou sendo rejeitada e me entristeço
fico puta com esse delírio e acabo brigando
feio.

me cortei por dois anos
agora parei
mas ainda tenho surtos de desespero
que só passam quando sangro



eu vivo num eterno dilema entre todas as sensações possíveis de se sentir.