quinta-feira, 25 de agosto de 2011

p((m)s

não agüento isso de ter que ceder quando estou na tpm. quero e exijo tudo para mim. sinto muita cólica e agradeço este sinal. a vontade é de explodir. com tudo, o tempo todo. dentro de mim acontecem simultaneamente milhões e milhões de fogos-de-artifício que uma hora, precisam aparecer. sou feita de impulso, só de impulso. não penso, não sinto por muito tempo, logo não valho muita coisa. joga fora no lixo com um pontapé certeiro para que não tenha como voltar. não quero voltar. não gosto de mim, de ser-me e só incomodo os outros que tentam amar alguém desprovido de coração.

Mifti

sábado, 20 de agosto de 2011

I really don't need this

fácil dizer depois de já estar assim... mole de tanto comer, beber e fumar.
sabe Mifti, eu acho mesmo que vc deveria se controlar mais. não adianta de nada essas suas birras. mancha a nossa imagem. se quiser fazer, ao menos se esconda no quarto.
eu também sei como dar as minhas birras, mas veja: sempre com algum motivo, ou algo que vá transformá-la em benefício para minha própria pessoa (ou ego). e sempre prefiro ceder ao parecer feia.
que bobagem! imagem não é nada! a única coisa que a Mifti precisa fazer é nos avisar antes de acontecer. assim a gente não se assusta com a mudança brusca do estado de paz.
Alice, vc é mesmo sem noção das coisas, né... não são apenas os sustos que precisam ser evitados, mas o descontrole. ele só prejudica a nós todas e a própria Mifti... pensa antes de agir. é tão difícil?

sim. ela apenas agia. não pensava nem sentia. nada. era como bicho feito de instinto e defesa afim de se proteger acima de tudo.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

don't be a pussy, Tom

- escuta; eu não quero fazer disto um alarde, apenas que vc tome cuidado ao fazer certas coisas. viva intensamente, mas não se esqueça de que há risco para tudo.
- ok... e é exatamente isso que faz a vida valer a pena: realizar sonhos e correr riscos.
às vezes me ocorre a morte. ela fala comigo e logo depois a disperso. aí fico pensando nela...
- Alice, eu já falei para vc parar com isso! a morte não fala, ela não tem boca! isso é só mais uma das criações da sua mente maluca.
- não Gipsy! ela fal comig, eu juro! chama meu nome e me deixa o pânico como presente. mas ela fala. ela é tão real quando vc.
- tá bom... eu vou fingir acreditar nessa sua história e te perguntar: por que importa tanto o que a morte fala? todo mundo fala e vc nem liga... agora, como é a morte vc ouve. preste atenção: as coisas só existem se vc acredita nelas. se vc não escutar o que falam, eles deixam de existir.
- whatever... vc nnca vai estar dentro de mim mesmo para saber...

Alice levanta da cadeira onde estava apenas de toalha e vai para o quarto. abre o guarda-roupa, tira um vestido e veste-se. penteia os cabelos, maqueia-se, passa um leve perfume, coloca os anéis, brincos e pulseiras, pega as chaves e sai de casa. liga o carro seguindo até a casa de cris (garoto de 15 anos virgem, fetiche da moça há dois anos.) ele entra, o carro segue até a livraria.

- vc quer tomar um café enquanto escolho um livro?
- não precisa, o livro vai começar a ser escrito. agora.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

I'm so into you

tudo o que eu queria agora é que vc (qualquer vc) viesse até mim com aquele brilho tão peculiar nos olhos e tomasse meu coração para ti. nem que por um momento, uma noite, uma semana. queria poder me derreter em teus braços e deixar as lágrimas virem fartas e felizes com a chegada de uma nova paixão. queria teus dedos acariciando minhas bochechas e o canto dos meus olhos e sobrancelhas. queria tua boca tão carinhosamente tocando a minha e descobrindo a temperatura da pele que envolve meus lábios. queria teus longos cabelos lisos se enroscando nos meus. queria aquela sensação de peito inflado que se tem quando se está sob efeito da endorfina. queria ser completamente roubada de mim e me doar a ti sem escrúpulos ou reservas. queria contato integral, de cada pedacinho de nossos seres em transe. aliás, quero.