terça-feira, 20 de setembro de 2011

don't you have pills?


não há nada que me faça sentir agora. estou fria, cheia de nada. a única sensação é a de vazio. um vazio que ao mesmo tempo não dói. não há tristeza ou angústia, paz ou satisfação. há nada. um balão de ar que se espetado, deixa de existir.
estou deitada na cama do meu amor que trabalha, assistindo a dois filmes que um dia disseram tudo o que eu precisava ouvir e agora apenas me deixam mais enjoada dos mesmos discursos de sempre. a consciência da vida. o fato de que podemos morrer a qualquer momento e ainda assim desperdiçamos vida. nem culpa por estar a "desperdiçando" eu sinto mais.
a falta de dar um pulo para fora da realidade também existe. se ao menos eu pudesse me sentir acima do chão talvez descobrisse que muitas idéias ainda pulsam dentro de mim.
quero dormir, quero acordar, quero viver, não quero. é só um incomodozinho chato que em poucas horas não irá mais existir.


MJ

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

rolling in the deeeeeeeeeeeeeeep

as cicatrizes do nosso amor, elas me deixam pensando que nós quase tivemos tudo. as cicarizes do seu amor, elas me deixam sem ar, pensando que poderíamos ter tido tudo, amado incondicionalmente, vc teve meu coração na palma de sua mão e jogou pro alto. devo eu puxá-lo dar nuvens e entregar-lhe novamente a ti? és merecedora do um amor ainda maior que aquele, capaz de perdoar a mais difícil; ser largada na sarjeta? o que pode me fazer acreditar que não o jogará novamente? sentes como sinto? o amor parece mesmo uma coisa para ir enlouquecendo aos poucos. afinal nos anulamos de certa forma moldando um certo padrão para dar certo com outra pessoa. vc se torna melhor, mas deixa de ser vc. transforma seus sonhos em fantasias menos brilhantes para dar ao outro a sua vida. poque de certa forma é isso. ninguém quer a mesma coisa que a outra o tempo todo, cada segundo do dia. a gente cede, passa por cima, se humilha. por que isso é tão importante assim? por que precisamos disso? já foi provado que o homem mais feliz do mundo é solitário.

?amor?

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

make they wonder why you're still smiling


cansada de de tanto ir atrás daquilo que a traria realização, Mary Jane volta. e tudo agora é cama, remédios para dormir, maconha para esquecer... desbanca as duas guerreiras agarrando-se à mais destrutiva ajudando-lhe a cavar o buraco. juntas elas unem forças para enterrar o castelo ilusoriamente construído. é um mergulho sem fim, onde habitam seres das mais amplas sombras ansiosas por crescerem e tomarem conta de qualquer feixe de luz que possa tentar entrar.
longa caminhada para quem estava no auge, brilhando no mais alto céu e agora precisa voltar para o chão. o medo de ir para baixo dele é desencadeado e as idéias suicidas com o único fundamento de acabar logo com toda essa piada fica à tona.
ela se machuca, sangra, causa hematomas por seu corpo e galos para sua testa. chega a acreditar que não serve mesmo para nada, não possui nenhuma qualidade especial ou reconhecimento de sua luta. decide mudar. ela sabe o quanto tem buscado sem sucesso, mas a capacidade de se levantar após sucessivas quedas está cada vez maior. percebe que existe sim um lugar onde ela se encontre e seja encontrada. continua caminhando.