quinta-feira, 30 de setembro de 2010

my life, from my own point of view, has been full of drama

último dia do mês com gosto de fim, de despedida, de alívio e cansaço
mês que vem não terei mais a noite caindo junto às crianças chegando
o almoço com gosto de comida da minha tão querida falecida tia
as meninas falando bobagens e me enchendo a cabeça de críticas

outubro chega duro, tomado por medo e aflição
se ficar na mão, a depressão virá e a cama me acolherá
necessito de terapia, yoga, outro emprego e estudo
enlouquecerei mais uma vez e talvez seja irreversível agora

(des)temida me entrego a mais uma escolha
não posso mais continuar vivendo contra minha vontade
ainda que volte a sentir amortecimento, estarei alerta
esperando e buscando sempre qual diabos é minha verdade


quarta-feira, 29 de setembro de 2010

but she made me love her anyway

me pergunto repetidamente porquê me sinto assim sempre tão carente. porquê sou desamada, porquê luto sozinha na mais profunda escuridão na maior parte do tempo sem que ninguém possa entender. se falo de ódio, estou clamando por amor e indignada por ter tanto dentro de mim sem que ninguém dê valor.
chegar em casa precisando de um colo, louca pelo ouvido da minha mãe e encontrá-la com a outra deitada lá me mata mais um pouco. me viro derrotada, entro no quarto e bato a porta na tentativa de chamar um pouco da atenção do mundo para o meu amor, para a minha falta.
e quando pego no telefone, tudo o que eu quero é sentir um pouco desse amor que vc tanto dizia sentir, mas agora parece muito ocupada para notá-lo. vc era a única que conseguia fazer com que eu me sentisse realmente querida por alguém na vida, admirada e reconhecida por todas as coisas que me compoem e fazem de mim todo o universo numa só pessoa. era vc que me dava vontade de viver, de fazer o que não era tão gostoso mas ia me dar frutos ao seu lado depois. só vc era capaz e eu não sei se um dia vc vai voltar.
isso me entristece, me desespera e chega até a me cansar... me desesperançar. e por mais que pareça que vc não olhe mais por nós, eu vou estar sempre orando para que esse mais precioso amor se revigore mais uma vez e que um dia eu possa ler isso e ver o quão equivocada estou.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

If I were thinking clearly, I would tell you that I wrestle alone in the dark, in the deep dark, and only I can understand my own codition

triste é não chorar
se perceber destroçada por dentro
e não conseguir derramar uma lágrima sequer
é que essa dor se tornou tão trivial
que não altera mais o estado físico,
ela simplesmente fica ali doendo, ardendo,
querendo ser notada, mais nada,
nada há de mudar essa pessoa estúpida e petrificada
que parece vegetar em seu invólucro filamentoso

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

when you look at me, I can hardly breath

entre zumbis e sangue escorrendo por todas as partes, me desencontro
qual o grande propósito de se vestir de moribundo e o que há neles de belo?
morta de cansaço, desisto e me sento na primeira lanchonete para um milkshake
acompanhada do cão e da dona, encontro a amiga que andava perdida

mudo de idéia e resolvo acompanhá-la até o breu que dá no penhasco
meia volta e mais caminhada até a casa da namorada, que tem namorada
um pouco da maria, da antártica e da loucura de cada dia
domingo da preguiça, louco para me levar pra casa

encontrando a paz, me permito
sou alegre, sociável, gente boa e até esqueço a tensão de cada mês
volto ao quarto e assisto a sonhando acordado com ela dormindo em meus braços
acordo cheia de declarações e com o sonho que na verdade, era real. trouxe o fim do caos

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

I cry a lot lately

como me dói meu deus. como tudo me dói. esse gelo que de repente tomou conta da minha vida não permitindo que me vejas mais como um anjo encantado.
do orgulho, a vergonha. da paixão, o cansaço. do encanto, a decepção. do brilho, a fumaça opaca. da vida, o amortecimento indesejado. da saudade, o comodismo.
não há mais o sentido de antes. nada é como era e por mais que tudo sempre mude e haja fases e fases, desta vez nada me parece belo e realmente importante a seus olhos. sou menina que apenas clama por teu afago e chora todas as noites se perguntando o que aconteceu. estou exasperada por seu calor, aquele que foi embora há algumas semanas e não deixou sinal de retorno. sem ele me sinto sem o menor motivo para continuar neste caminho de pedras, pois vc é a água cristalina que passa as escondendo, deixando a sensação de refresco e cobertura pondo à mostra apenas a espuma brilhante que ofusca por completo as rochas secas.
vc é como o rio que corre limpo e bravo para o mar esquecendo qualquer coisa que fica pelo caminho e assim, forte e belo alcança o objetivo maior de encontrar suas outras partes em meu oceano de peixes escondidos que se mostram de vez em quando somente para vc. só não esqueça que eles existem senão eles podem acabar morrendo sem que alguém perceba.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

these are dark times, there's no deny

não posso. quero muito, mas não posso.
isso é uma coisa que tem se repetido tanto em minhas horas que já está até cansativo. quero dormir até tarde, descansar minhas costas, aliviar meus pensamentos, fazer yoga, terapia e dança do ventre, aproveitar o dia, estar do lado de quem me importa, ajudar meus amigos, passar toda uma tarde na segunda casa fumando ou num bar tomando uma heineken bem no meio da semana. quero chegar sábado à noite e tomar vinho com meu amor para celebrar o fim dela, tomar chuva junto aos alunos quando saem da escola, ler um livro denso que mexa com minhas verdades e me faça olhar por novos caminhos.
mas não posso. estou sendo sugada por esse subemprego que me mata aos poucos. passo as horas mais quentes do dia dentro de um carro/montanha-russa tendo que levantar a cada dois minutos para abrir a porta e carregar peso. tenho passado a minha vida rodando por brasília, fazendo as mesmas curvas e retas, ouvindo as mesmas ladainhas, suportando gritos que parecem não ter limite. meu estômago chora me pedindo piedade, desmaio. de calor, de fraqueza, de cansaço e dor.
o que não posso mesmo é deixar que isso continue acabando comigo.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

you're definetly in it right now

há o fogo queimando minhas costas, há a parede roxa atrás dela, há a preocupação com minha prima querendo morrer e minha enteada internada com infeccção pós-cirurgia. há a saudade do tempo em que eu me sentia realmente amada e admirada por quem não sei mais viver sem. a saudade de abrir o correio e encontrar palavras lindas de um amor mais lindo ainda que só eu vivia. das sextas-feiras que só terminavam nas manhãs de segunda. do brilho encantado que parecia permear nossos encontros sempre deliciosos. da sensação de despencar no paraíso como ela mesma dizia ao deitar em meus braços. da chama alta e ágil que agora se parece mais com brasa encoberta por carvão virgem.
por mais que eu entenda o quão delicado é o momento, ainda existo e sinto dor. preciso de alento, carinho, atenção, paz e amor. me corrói essa ausência de tudo que me preenchia e eu tanto agradecia.
não. não me digas que tenho que entender porque somente quero agora o calor de outrora. não me julgues por não ser capaz de me doar por completo à compreensão e frieza de minhas necessidades. não me jogue na cara tudo o que não preciso ouvir por estar à mercê do que parece bobo. não. há muito além do que se pensa, há todo o universo sendo engolido por um buraco negro lutando desesperadamente para não ser, mas carente de ajuda.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

I'm the one! that needs.. help

tensa, cheia de crises, com medo de tudo e ausência de paz. assim começa minha noite dentro da van do marcelo assistindo ao escurecer do céu e seu reflexo no lago. minha cabeça pulsa repleta dos mais inquietos pensamentos junto aos gritos impacientes dos alunos com quem trabalho. ligo o som na tentativa de ensurdecer-me com música pop e busco no céu a estrela mais brilhante que me leve dali para onde não há vazio. sinto estar precipitada e talvez assustando mais uma vez os que começam a me conhecer afinal, nesta fase onde tudo é tão mais intenso, louco e profano, todo cuidado é pouco para não expor o que não precisa ser exposto mas acaba sendo, transparecendo.
em casa, me jogo na cama daquela que tanto sonho ser percebida, mas rapidamente sou esquecida e trocada pela tv. cabisbaixa, desisto de novo de tentar meu lugar ao sol, me dirijo ao meu quarto, meu canto, minha cúpula violeta e escrevo frases despretensas na intenção única de aliviar um pouco da carga colocada sobre meu ser tão amplo e perturbado sempre, especialmente agora.
vou deitar para fixar meus olhos num ponto e tentar encontrar vazão aos meus pensamentos, calma para meus sentimentos, luz para minha alma aparentemente desa(l)mada.

domingo, 19 de setembro de 2010

scream deidre, scream... express the pain!

quanto ódio habita meu peito, nervos, estômago e entranhas. como se já não bastasse morar com ela, é só eu ter um momento com a minha mãe que ela coloca a puta em todo assunto. eu não agüento isso. minha vontade é de matá-la e se não fosse presa, talvez o fizesse mesmo. afinal o que é uma morte aos trinta e sete para alguém que corroeu uma vida de vinte e sete?
se deus tivesse dado asas a minha cobra certamente eu não estaria aqui lamentando cada ano da minha vida interrompida. minha mãe nunca vai me enxergar. ela nunca vai perceber o caminhão de problemas que tenho hoje por conta dessa puta que ela tanto defende, tanto olha, e tanto baba. eu sou apenas a outra filha que veio por um capricho de sua amada.
cansada demais disso tudo, sabe? há pouco, não conhecia o ódio e não sabia o mal que ele fazia. antes era só o medo, agora são os dois. e eu não preciso disso para viver, ao contrário, eu preciso de amor. dentro e fora de mim o tempo todo. exausta de reclamar uma existência que não muda me calo. consegui descarregar um pouco da tensão que me tomava durante todo o caminho de volta tendo que ouvir sobre a puta.

PÁRA DE FALAR DELA PELO AMOR DE DEUS, NÃO A TOLERO!!!

sábado, 18 de setembro de 2010

não é impossível ser feliz depois que a gente cresce, só é mais complicado

aos que sentem a vida e se angustiam
ao realizar a existência de si vivendo
respirando, atentos ao que se passa diante dos olhos
me pergunto: o que é isso? o que é essa vida?

estranheza esta da consciência da vida
não acho que ela seja a solução para os futuros suicidas
mas talvez o botão da bomba que começa a explodir quando percebe
o desespero de estar no mundo e não saber porquê

é na crise que se muda, se cria, se constrói
e é nela também que nasce o desejo de morte
morte do velho, morte do cansaço, morte da vida tão igual
preciso voar como nunca para longe de mim agora em agonia


quarta-feira, 15 de setembro de 2010

I can't believe you're here

meu corpo exausto de sentir hoje, pede sono
ânsia, angústia, tesão, fome, paixão, prazer, saciação
a mente latente a ponto de sair a gritar o que tanto pensa
pressão, desgosto, dúvida, erro, impulso, clareza, medo

quero que esse gozo preso jorre endorfina
me leve para perto de ti, (in)tenso
para enfim largar-me por completo em teu seio
deitar em leito feito de pele e calor, descansar meus anseios

confusão imersa nas mais diversas situações
me vejo assim, louca e solta no ar deixando o vento me levar como a pluma
não escolho meu caminho
apenas sim, aceito o ninho que me aconchego e durmo

terça-feira, 14 de setembro de 2010

seduce us. attack it, attack it!

se crio coisas na minha mente ou fora dela
se permito que meu coração sinta mais que precisa sentir
se deixo que percebas meus olhos brilhando mais do que deviam
se me entrego às vontades e desejos que me guiam

ah... são tantas elas que eu poderia passar a vida experimentando
é tanto que se move e me fascina, encantando meu tão vulnerável ser
me canso de tentar fazer o certo
e mergulho de cabeça no incerto e duvidoso

quero poder em cada vão momento
fazê-lo explosão única
e deles, brotarem frutos
e desses frutos, comer o grão-pranto

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

people are evil, mr. constantine. people

o que faz os nativos do sexo masculino partirem para a ação ao invés da discussão?
ouve chamados insistentes e longos minutos, ignora
até resolver saltar os bancos e partir pra cima, dando-lhe um tapa
concluindo com a frase: vc pediu

não. ele só queria a chance de falar com vc
mesmo sendo pentelho, pirralho, chato, irritante
ele queria uma chance de falar. vc não ouviu
resolveu simplesmente agredí-lo para calar-lhe a boca

em dias de total confusão emocional me indago:
e se para mim isso for perda de tempo, mas para vc não?
e se eu estiver cansada de esperar vc enxergar o agora?
e se vc ao invés de sair fazendo, não pára e ouve?




I can't find her place, I'm losing my faith on helping others.