quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

lovely


December 6th

A Vida de Gente passava quase desapercebida, ofuscada pela grande ansiedade em conhecer alguém. alguém de escorpião, que mexe com cinema, que não escuta. sempre gostei de coisas inusitadas e diferentes e um encontro com uma DA seria no mínimo, desafiador. a campainha tocou atrasada e eu fui abrir a porta para aquela moça linda de pele alva e olhar doce. um abraço bem gostoso e um pequeno brilho nos olhos serviu para fazer com que o gelo fosse quebrado. e a gente tomou vinho, viu novela, fumou, se divertiu e descobriu mais coisas em comum, surpresas muito bem vindas para quem achava apenas que encontraria uma santinha. meu desejo durou desde o primeiro instante e valeu cada vontade esmagadora em agarrá-la a todo momento. no final, ela ainda ficou falando várias vezes com um sorriso no rosto: "foi tão bom, ne?"


December, 10th

é como a brisa do jasmim, seu cheiro que não quer ir embora, a textura da sua pele molhada e quente contra meus dedos. já não sou mais corpo, não sou Luisa nem Jenny nem Alice nem Mifti nem Mary Jane. só tem uma luz arroxeada se conectando com uma verde azulada num encaixe perfeito. a primeira (e última do ano) lua cheia deixou que eu a tomasse e refletisse um grande desejo de doar, sentir, gozar. fui atendida. o que essa garota TÃO maravilhosa viu em mim ainda mais com os cabelos indefinidos e pesando 44kg? percebo o quanto temos a ensinar uma a outra e desejo aquela bela imagem dos nossos narizes grudados e os olhos vesgos e os sorrisos inevitáveis. olhar nos seus olhos é como ver surgir no horizonte um planeta maior do que a terra. vc é et, não tenho a menor dúvida, e acho que somos de plutão.

te amo (entenda isso como uma expressão mometânea, não necessariamente algo constante)


December, 13th

como descrever o brilho do meu rosto ao entrar no quarto da prima? definir sensações indescritíveis que só se tornam possíveis por comparações? o despertar de um ou dois anos dormindo a um lindo som de ondas quebrando na praia? a lágrima que fica alojada no canto da garganta e sai em forma de borboleta? analogias não faltam, mas eu realmente não esperava me sentir tão bem na presença de outro alguém nesta rapidez de trânsito. é tudo exatamente encaixado, mas totalmente quebrável ao mesmo tempo. escorre pelas mãos, regressa através de beijos. beijos que falam. por isso valem um ponto a mais a outros beijos que não sabem falar. seria até burro de minha parte não mergulhar neste azul turquesa livre de pedras ou chão. um vôo livre onde só há espaço para o crescimento. do encanto, da vontade, do interesse, das infinitas formas do que sempre julguei o único e real problema do mundo: a comunicação. como é gostoso descobrir o quão vasta ela é. e É ÓBVIO que eu não acredito em dicionários se não posso reduzir uma expressão a uma só palavra.

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