segunda-feira, 30 de junho de 2008

I need high ceilings

rostos hoje desconhecidos
balões e fitas nas seis cores do arco-íris
(o que eles têm contra o anil?)
uma infinidade de sensações com os olhos fechados...

a melhor festa de todas que espero todo ano
sempre no inverno, e sempre quente
é como se as milhares de pessoas estivessem ali
simplesmente, para festejar a celebração.

celebrar quem se é
o que se gosta e deseja
fazer da alegria, um alvoroço
e da causa, o mais bonito orgulho de si.

a parada gay é nada mais que isso: uma festa
não importa muito se existe real intenção em diminuir o preconceito
afinal, no que um monte de gente dançando pode ajudar?
uma festa onde se encontra tudo de mais encantante.

ornamentos compondo fantasias
paixão que anseia por invadir
loucura totalmente permitida, mesmo
uma energia única, de pessoas dos 3 aos 70, que são apenas felizes ali.

e é cada coisa que se vê...
(ainda que com os olhos fechados, perdidos neste prazer sem fim)
o diferente que não choca, mas abre
o comum num dia de imprevisões, reencontros e flertes.


*11ª (e melhor) parada do orgulho LGBTS de Brasilia. 29/06.

agora eu.
TÃO lindo andar mais de oito quadras (que eu mal senti)
ao lado de um amor que não sai de perto.
enche os olhos, o estômago, as asas
caminha enquanto beija, beija enquanto caminha

brinca, canta, dança, ri, viaja, alcança a alma o tempo todo
não se esquece um minuto do precioso presente fazendo com que nada mais exista
e o mundo pareça outro, o nosso.
quem são pessoas que mexiam tanto agora?
para onde foi todo aquele fogo no rabo?
o que acontece com o olhar procurante?
acha. um tudo que nem sabia que existia, cada dia mais.

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