quinta-feira, 25 de novembro de 2010

ficar de cabeça pra baixo até o sangue encher os olhos de saudade

já é quase penumbra e de pássaros, passam a ser morcegos
o azul claro e pacífico vai perdendo luz e ficando denso
as luzes artificiais se acendem junto aos holofotes
e os restaurantes móveis começam a servir bebida

todo o clima de já, quinze anos
as mesmas pessoas e roupas, o ritmo peculiar dentro da casa de tijolo sem telhado
a singularidade da companhia sempre diferente, única
olhos que buscam, mas não encontram tamanha procura por estrelas maiores

o ponto roxo-opaco transita com paradas longas
a última, em frente à grande tela branca
se encontra nas vinte e quatro fotografias por segundo
se decepciona com a falta de surpresas apresentadas nelas

Nenhum comentário: